Neste fim de semana estive em Pirenópolis para prestigiar a 4ª Festa Literária (FLIPIRI) do lugar e confesso que apesar de ser apaixonado pela cidade e deveras amante da literatura e da música, ressalto que muito se faz necessário para que o evento se torne referência e com alcance nacional e internacional.
Falta divulgação, falta estrutura, falta empenho dos governos, seja em âmbito local e sobretudo estadual.
Apesar de tudo a festa teve bons momentos, inclusive o mais esperado pelos fãs de Luiz Fernando Veríssimo e pelos apaixonados (como eu) por jazz. Tal momento foi justamente aquele escolhido para fechar a evento, o show da banda Jazz6, a qual tem como integrante o escritor, que apaixonado por este gênero musical faz suas incursões na música ao tocar com extrema delicadeza o seu sax-tenor.
O show aconteceu na emblemática ‘Rua Direita’ com a presença de um bom público que acompanhou a apresentação com enorme interesse e sobretudo com o comportamento adequado para concertos como este.
A banda Jazz6, é um, como diz Veríssimo, sexteto de cinco, pois um antigo integrante saiu e o nome perdurou. Segundo o cronista, a banda é o menor sexteto do mundo.
“Esta banda pode e deve fazer shows em circos e ser apresentada como o único sexteto de cinco, o menor do mundo”. – Luiz Fernando Veríssimo
Eles fizeram um show correto, porém sem grandes investimentos no improviso e no virtuosismo, entretanto a banda nos presenteou com alguns clássicos do jazz americano e da bossa nova e quando finalizaram a apresentação ficou em todos os presentes a sensação de ‘quero mais’.
Depois do show a noite seguiu tranquila na cidade histórica, uma lua imensa brilhava no céu e iluminava os becos e os antigos casarões daquele lugar tão lindo. Por entre as ruelas soprava um vento frio que perdurou por toda a madrugada onde os boêmios festejavam, os poetas se inspiravam e os amantes se davam.
E por toda noite, madrugada adentro, soava o canto dos ‘Trovadores de Pirenópolis’ que perambulavam pelas ladeiras da cidade entoando suas cantigas em uma poética serenata que anunciava o fim de mais uma deliciosa festa da literatura de Pirí.
